É no divertido e badalado bairro de Shibuya, em Tóquio, que acontece uma cena cultural e gastronômica muito animada. Entre rooftops cafés, Beer Gardens, festivais de vinho e muitos sushis, tivemos o prazer de assistir a curta temporada do premiado Swan Lake de Matthew Bourne.
Foi no 11° andar do Tokyu Theatre Orb, diretamente conectado a estação de metrô, que vimos brilhar o talentoso bailarino brasileiro Marcelo Gomes. Nascido em Manaus, já dançou nas mais importantes companhias de balé do mundo e hoje é bailarino principal do American Ballet Theatre.
E o Japão é assim mesmo cheio de referências. Um país que preza pela sustentabilidade propriamente dita. Onde se tem mais pedestres e ciclistas do que automóveis; onde há pouquíssimas lixeiras, pois pensam na não-geração de lixo; onde não se tem (como no Brasil) guardanapos de papel, cada pessoa leva consigo uma pequena toalha para secar as mãos; onde o chá está presente em todas as refeições e onde também o mar é o protagonista.
Swan Lake é um balé único, que passeia pelo clássico Lago dos Cisnes através da música de Tchaikovsky. Com figurino e maquiagens impecáveis, a montagem traz cenas intensas de amor e ilusão apresentados em um refinado projeto de luz e sombra. O corpo de baile mistura sedução e encantamento, e quando percebemos a respiração dos cisnes em perfeita sincronia, já estamos imersos na emoção do espetáculo. No intervalo, o menu do teatro oferece um cardápio exclusivo de drinks e neste visual estonteante impossível parar de pensar sobre como os (talvez) incomunicáveis japoneses são capazes de nos surpreender a todo momento. Kampai!