Pode-se dizer que o Peru é muito semelhante ao Brasil. Amplo território, diferentes tribos e costumes. Não é apenas a milhagem e a altitude que distinguem seus povos, mas os chapéus – quanto mais alta a coroa, mais aristocrata quem o carrega – comenta a artesã cusquenha.
Em meio a tantos turistas, mesmo com o soroche (mal da altitude), o sorriso e a cordialidade do peruano encanta. A reverência à Pachamama (mãe terra) é a raiz de seu povo, que sempre teve no Sol fonte de energia e prosperidade.O santuário de Machu Picchu é um lugar de ressignificação. O caminho até lá é longo (Peru Rail oferece o melhor passeio) e requer espírito aberto para o novo. O clima lembra Curitiba – frio, calor, Sol e chuva. A exuberância da selva nos convida a explorar a mata amazônica. A imensa cidade de pedra põe em crivo a logística, a obstinação, o respeito à natureza, principalmente a simbologia do espaço. Vale a visita.
Cada região do país tem diferentes tipos de tubérculos, que são descascados na unha mesmo pelos produtores. Falando de gastronomia, uma riqueza de perfumes e sabores picantes. Sabe um prato colorido? É a gastronomia peruana capaz de unir magicamente temperos orientais e latinos inspirados pela brisa do Pacífico.
A arte peruana. MALI tem um recorte histórico muito interessante. Apresenta o berço da civilização com coleções impressionantes de vasos cerâmicos de cerimoniais de vida e morte (período pré-hispânico), peças e utensílios de tapeçaria de estilo “playa grande” iconográfico que mostra peixes, serpentes e outros elementos da natureza; a influência da colonização na pintura até o abstracionismo moderno. O museu tem vasta programação educativa com uma série de cursos e atividades para crianças e jovens. No Larco, destaque para as joias antigas também carregadas de simbologia, a dualidade do Sol e da Lua, o ouro esculpido de maneira rústica como um prêmio divino.
Dicas: Em Lima… pato pekin do Rafael, experiência do Astrid & Gastón, degustação de ceviche no La Mar Cebicheria, botecagem no Canta Rana (Barranco), Ira Magdalena Cerveza Artesanal no Tanta. Em Cusco… almoço no Morena Café, passeio pelas ruas da cidade, Ópera quechua no Hotel Arqueologo.
Muito boa a abordagem e o olhar sobre a cultura peruana! Turistando por lá, apenas com a leitura! 🙂 provavelmente um roteiro para considerar nas próximas férias.
Muito bacana a matéria Juliana! Parabéns! Fiquei curiosa com os tubérculos e a forma poética com que escreveu aqui também me abriu o apetite! 😉 : “É a gastronomia peruana capaz de unir magicamente temperos orientais e latinos inspirados pela brisa do Pacífico.”
Abraço, Ana Paula