Marketing Prioridades de Pesquisa em Marketing

Prioridades de Pesquisa em Marketing

A cada dois anos a American Marketing Association, por meio do Marketing Science Institute publica o Relatório de Prioridades de Pesquisa do mercado de maneira global. Em tempo, compartilho um recorte com algumas macrotendências apontadas no estudo incluindo algumas inferências (de minha autoria).

Segundo o relatório, está havendo um crescimento das análises de dados com inteligência artificial e o marketing digital vem ganhando mais força; o COVID mudou o mindset sobre como os consumidores querem trabalhar e viver movimentando o mercado no que diz respeito a novas tecnologias, produtos e serviços e as demandas ESG (Environmental, Social and Governance) vem ganhando robustez.

Nos últimos anos, as relações entre empresas e consumidores está diferente, bem como o lifestyle, o emprego remoto/híbrido e os próprios modelos de negócio. Estamos vivivendo uma virtualização da experiência de consumo e, com isso, uma reestruturação dos canais de vendas.

No contexto global, as mudanças foram profundas – COVID, Guerra na Ucrânia, tensões na China… trouxeram alterações na cadeia de suprimentos, abertura para novos fornecedores, custos elevados e alta da inflação. 

Gestão financeira, sistemas inovadores de pagamento e métodos mais ágeis de cobrança e entrega estão à todo vapor. As empresas estão, portanto, buscando oportunidades com menores riscos geopolíticos para entregar marcas de valor.

Segundo o relatório, as empresas passaram a focar tanto no stakeholder como na saúde pública, equidade, inclusão (com propagandas segmentadas em minorias), sustentabilidade ambiental, bem como considerações éticas (cultura e valores) e regulatórias (legislação). Fala-se de assistência médica, telemedicina, novas tecnologias alimentares (plantas geneticamete modificadas, carnes vegetais, bioengenharia de proteínas) para reduzir a fome e o consumo de carbono no planeta.

A Responsabilidade Social Global segue forte e está sendo pensada de maneira a agregar valor e oferecer benefícios reais à sociedade. Para os profissionais de marketing é o momento de entender como tudo isso afeta decisões estratégicas gerenciais sem perder de vista o propósito da marca. Como isso pode fortalecer as marcas, aumentando sua rentabilidade e entregando benefícios mensuráveis?

Pois bem, a política de proteção de dados vai de encontro ao big data. Vivemos um grande desafio de dados.

As companhias seguem utilizando métodos multivariados – seja a simples contagem de cliques, clusters, regressões ou mesmo quasi-experimentos (estudo de relações causais em pequenas amostras) baseados em dados de séries temporais procurando predições (padrões e tendências).

As organizações querem entender melhor como os fatores psicológicos afetam as ações de marketing de seus negócios. Falando de digital, métricas de atenção e engajamento estão em pauta. Os resultados são melhores utilizando a inteligência artificial ou campanhas criativas tradicionais? O engajamento do consumidor atual é capaz de gerar uma resposta emocional à marca? Sobre a experiência do consumidor, como o uso da tecnologia pode melhorar ou piorar a jornada de compra se queremos uma conexão humana autêntica e, ao mesmo tempo, buscamos uma resposta de serviço imediata e sem atrito?

Portanto, é importante equilibrar as estratégias de curto e longo prazo buscando resultados imediatos/rentabilidade e também fortalecimento de marca e lealdade do consumidor.

Leia mais: Prioridades de Pesquisa em Marketing 2015

 

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